Entidades que representam trabalhadores na saúde já se manifestaram contra as perícias médicas feitas por telemedicina pelo INSS.
A ideia faz parte de acordos entre o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e o Tribunal de Contas da União (TCU).
Inicialmente, a telemedicina seria utilizada apenas nos casos de auxílio por incapacidade temporária (o antigo auxílio-doença).
Leia sobre o uso da telemedicina
No entanto, segundo informações do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP) são mais de 790 mil casos que aguardam a realização de perícias.
Desse total, 369,7 mil são pedidos de auxílio-doença.
Ou seja, ao menos mais da metade dos pedidos que necessitam de perícias médicas não podem fazer a consulta via telemedicina.
Números da fila no INSS
Outros 393,6 mil são pedidos do Benefício de Prestação Continuada (BPC); 12,8 mil, aposentadoria por incapacidade permanente; 7,5 mil, de adicional de 25%; 5,6 mil, de isenção do Imposto de Renda e; 1 mil, de pensão por morte.
Leia: Pedidos de perícia paralisados
Porque as entidades rejeitam o uso da telemedicina no INSS?
Desta forma, para a Associação Nacional dos Médicos Peritos Federais (ANMP), a proposta do INSS só atenderia 10% do total de segurados que aguardam nas filas ou tentam agendamento pelo telefone 135 ou pelo Meu INSS.
“Os outros 90% de segurados, pobres e hipossuficientes, ficarão de fora desse factoide criado pra atender algum outro interesse que com certeza não foi o de resolver a fila de segurados”, divulgou a entidade, em nota.